A história do Corpo de Bombeiros na Bahia

D. Pedro II, ao assistir o Teatro São João, hoje conhecido como Teatro João Caetano, incendiar-se pela terceira vez, inclusive com o próprio Imperador no seu interior, resolveu então, a 02 de junho de 1856, criar o Corpo de Bombeiros Provisórios da Corte, com jurisdição apenas na cidade do Rio de Janeiro.

                O Governador da Bahia, José Augusto Chaves, em seu discurso de despedida na Assembleia Legislativa, em 01 de setembro de 1861, sobre as providencias relativas à extinção de incêndios disse:

                “Sinto, porem, dizê-los ainda hoje que essas providencias reduzem-se entre nós a algumas bombas mal preparadas de que se usam sem direção regular e metódica, de forma que a extinção e muito louvável zelo, com que para esse fim se empenham aquelas que por dever ou sentimento de humanidade cocorrem a elas; entretanto, graves são os resultados, enormes os prejuízos”.

                O Governador Antônio de Araújo de Aragão Bulcão sancionou a Lei Providencial nº 1945, de 21 de fevereiro de 1880, que autorizou a Companhia do Queimado (hoje atual Embasa), a instalar 10 hidrantes no Comércio. A situação da água para incêndio é critica, pois são poucos os hidrantes instalados na Cidade de Salvador e nas outras Cidades do Interior do Estado da Bahia.

                Após a acomodação política, depois da Proclamação da Republica, assumiu o Governo da Bahia o Marechal Hermes da Fonseca, irmão do Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, que se depara com a extinção do Corpo de Bombeiros Voluntários  mantidos pela combativa Associação Comercial da Bahia. Aproveitando uma reforma na Policia Militar, cria em 16/05/1890 a 11ª Companhia de Bombeiros, que teve uma curta existência.

                O Conselheiro José Luiz de Almeida Couto, eleito primeiro Prefeito da Cidade de Salvador, no período da República, sancionou a Lei nº 124, de 24 de dezembro de 1894, criando o Corpo de Bombeiros da Cidade de Salvador. O Conselheiro Almeida Couto era político de grande envergadura  e muito prestígio na época, pois fora Governador do Estado de São Paulo e da Bahia. Esta Corporação foi extinta em 31 de dezembro de 1983, à 29 anos.

                O eminente Governador Antônio Carlos Magalhães sancionou, no Quartel do  Corpo de Bombeiros, a Lei Estadual nº 4.075, 08 de novembro de 1982, criando na estrutura da Policia Militar o Comando do Corpo de Bombeiros, equipando com novas viaturas de combate a Incêndio.

                O Governador Waldir Pires, no seu primeiro pronunciamento público disse: “ No Corpo de Bombeiros, duas únicas escadas Magirus de que dispomos não funcionam, que Deus nos proteja dos incêndios”. Mas no seu governo, só adquiriu três novas autobombas tanques e mandou recuperar cinco viaturas, entre elas uma escada Magirus.

O Governador Paulo Ganem Souto assumiu a gestão do Estado da Bahia e interiorizou a corporação, levando para as cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Jequié, Porto Seguro, Lençóis e Madre de Deus. Com investimentos da ordem U$$ 15 milhões, a atual administração está investindo U$$ milhões, com previsão também de mais investimentos até o fim do governo, com o intuito de melhorar a capacidade de extinção de sinistro em Salvador e possivelmente interiorizar as ações para mais 20 municípios.

Por Rodrigo Santana.

Cmt. do Grutar – BA.

Especialista em Segurança Contra Incêndio e Pânico em Edifícações

CORPO DE BOMBEIROS UNIDADE DA BARROQUINHA